Depoimento de ex-aluno (Montreal) - Vida no Québec
Olá pessoal, já faz um tempinho que não dou notícias, então resolvi atualizá-los... Nas duas últimas semanas fizemos muita coisa a começar por resolver nossas questões legais no Canadá. Vocês devem se lembrar (nessa postagem https://www.centrequebec.com.br/single-post/2017/09/14/Depoimento-de-ex-aluno-Montreal---Vida-no-Qu%C3%A9bec ) que tivemos um mal-entendido na imigração com a questão do dinheiro porém isso foi resolvido facilmente. Mas aconteceu outra coisa bem grave. Não entregamos no aeroporto, no momento da entrada no país um formulário que iria simplesmente confirmar o nosso status de residente permanente. Isso aconteceu por um problema idiota de comunicação que entendemos uma coisa, depois nos falaram outra e daí não fizemos o que deveríamos. Fomos descobrir este erro por acaso numa palestra inicial no Ministério da Imigração. A palestrante viu este formulário na nossa mesa e perguntou como havíamos entrado no Canadá, se tínhamos entrado nadando... Imagina minha cara. Ela disse que seria impossível entrar sem entregar este formulário. Fomos então atrás para resolver esta situação pois segundo ela, não éramos nada no Canadá, nem turistas, nem residentes permanentes, ou seja, estávamos ilegais lá. Para resolver isso e entregar o formulário na imigração, ligamos num número de ajuda ao imigrante, do Ministério da Imigração, que nos deram a solução fatídica: "Vocês precisam sair do país e entrar novamente." Quando ouvi isso meu coração gelou, pensei o que iríamos fazer...Como já estávamos no país, eles falaram que não poderíamos ir no aeroporto para entregar o formulário simplesmente, e que deveríamos ir numa zona de fronteira para fazer as formalidades. Recomendaram para nós irmos até uma cidadezinha chamada St. Bernard de Lacolle que fica colada na cidade americana de Champlain, no estado de Nova Iorque. Então imaginem que chique, mal chegamos e já vamos viajar pros EUA... Que nada, na verdade a gente tava bem desesperado e não sabíamos ao certo o que poderia acontecer conosco. Pegamos um busão que saía às 7h30 (era o único horário) e fomos até lá. Foi até rápido, demorou menos de uma hora para chegar. Lá então finalmente tudo foi resolvido (felizmente), e recemos as devidas felicitações. O agente nos cumprimentou, pegou na minha mão e na da Susana e disse "Congratulations for becoming a permanent resident of Canada". Ufff 200kg a menos... Depois então voltamos para Montreal e conseguimos tirar todos os outros documentos (o NAS e o númeroro da Segurança de Saúde) e pudemos nos inscrever no curso de francês que o governo oferece. Primeiramente vamos fazer parcialmente (nas terças e quintas das 18h às 21h) e estamos inscritos para estudar tempo integral (6h por dia todos os dias) porém as próximas turmas só começam em novembro. E como tem muita gente na fila de espera, talvez não consigamos. Estamos confiantes. Também conseguimos arranjar um curso de inglês para a Susana bem bom. As escolas daqui oferecem estes cursos a preços bem interessantes. Ela vai estudar 4h por dia, todos os dias (seg-sex) e pagamos somente 100 dólares por 3 meses. Com esse tempão todo, falei pra ela: "você vai estar fluente em dezembro já hehehe". E também fizemos um pouco de turismo, claro, pois merecíamos. Visitamos o Oratório São José (Saint Joseph), um edifício monumental, com um jardim enorme na frente e uma catedral muito bonita e gigante no interior. Tiramos também algumas fotos no centro da cidade e conhecemos finalmente a tão aclamada Igreja Notre Dame. Esta igreja merece uma explicação a parte pois foi muito fascinante o que vimos. Ela existe há mais de 100 anos e tem um requinte de arquitetura fenomenal. Assistimos a uma apresentação sobre a história da igreja, realizada no interior da própria, que estava coberta toda com uns panos que funcionavam como telões e exibiam a apresentação e a medida que iam contando os detalhes, eles iam deixando os panos caírem, até deixarem o melhor para o final: o altar.. Vocês não têm ideia do que é aquele altar. Uma coisa muito luxuosa, onde todos os detalhes foram pensados, luzes colocadas em pontos perfeitos. Só comento uma coisa: É algo que se deve ver antes de morrer. Magnífico. No mais é isso, tudo está indo bem, já nos sentimos mais adaptados à cidade e a vida está se arranjando. Tem muitas outras coisas para contar mas se deixasse eu ia fazer um e-mail de 10 páginas...vou ficar com 6 pelo menos hehehe. Um abração a todos, com saudade. Ronaldo e Susana (setembro 2009)