Depoimento de ex-alunos - Vida no Québec
"Como estão as coisas por aí? Gostaríamos de fazer alguns comentários, depois de cinco meses no Québec... Francisação: Graças aos estudos ai no Centre Québec chegamos aqui com um nível digamos, bom de francês. Dava pra se comunicar bem, mas fomos fazer a francisação do governo, que ajuda não somente na língua, mas na adaptação (e com a bolsa recebida). Após o teste para ver o nível, fomos classificados no 3, o ultimo nível de curso de francês oferecido pelo governo. Ao contrário de muitos comentários negativos que ouvimos quanto à qualidade do curso, podemos dizer que o curso foi muito bom. Nossa turma no início tinha 16 pessoas, nove brasileiros, uma excelente turma, guiada por uma excelente professora, todos indo para as aulas com o propósito de aprimorar o francês (mesmo entre brasileiros, conversávamos somente em francês). No decorrer do curso duas brasileiras saíram, pois começaram a trabalhar. Quase terminando o curso, mais um brasileiro conseguiu um trabalho. E quase que eu também não terminei, mas isso é assunto para o próximo tópico. Este curso foi, digamos, mais um intensivão para soltar a língua e começar a usar o que foi aprendido ai no Brasil com vocês (Geneviève e todos do Centre Québec). Trabalho: Com menos de dois meses, eu (André) fui fazer uma entrevista em uma empresa de pequeno porte. Meu objetivo nesta entrevista era mais de conhecer um pouco o mercado e também ver como estava meu francês, se eu conseguiria 'me vender' numa entrevista de emprego, em francês. Depois de algumas semanas a pessoa me retornou, dizendo que gostou e queria que eu começasse a trabalhar. Esse retorno foi através do Centre Rire 2000, um dos órgãos de ajuda aos imigrantes aqui de Québec. Como eu tinha 'acabado' de chegar, e a francisação não tinha nem começado, resolvi recusar a oferta e primeiro aperfeiçoar a língua, soltar o francês para tentar entrar em alguma das empresas grandes de Informática. Desde o inicio eu tinha em vista uma empresa em especial. Durante o curso, conversando com uma brasileira, descobri que o marido dela trabalhava na empresa que eu estava procurando uma oferta. Conversei com ele, e ele comentou que a empresa valoriza muito contratar pessoas por indicação. Ele me indicou e no final de setembro (ou começo de outubro, não me lembro bem) me chamaram para uma entrevista. Me preparei lendo alguma coisa sobre a empresa e, principalmente, traduzindo os termos mais técnicos da minha área para o francês. Mais ou menos 20 dias depois da entrevista (e alguns dias depois de eu ter ligado perguntando se tinham alguma resposta), recebi uma ligação, estava contratado. Comecei segunda, dia cinco de novembro, na empresa que eu queria. O Mercado de informática esta bem aquecido aqui na Ville de Québec, tanto é que eu mandei quatro CVs, recebi 3 retornos, 2 entrevistas, 2 ofertas de emprego. Para a área de trabalho da Fran - comunicação social – jornalismo - sabíamos que seria um pouco mais complicado, tem que dominar muito bem o francês. E para isso, depois de terminada a francisação ela está fazendo um curso de francês escrito, também oferecido pelo governo. Adaptação: Por enquanto está tudo certo, digo por enquanto porque o frio está apenas começando...hehehe Mas é incrível o que você falou uma vez num inverno de Curitiba, que você passava mais frio aí do que aqui. Estamos numa média de 0 graus, alguns dias um pouco mais quentes, outros um pouco mais frios (acho que o máximo de frio ainda foi somente -5 com sensação térmica de -8) ainda não está realmente frio. Mas não passamos frio aqui, pois dentro de todos os lugares é quente e quando saímos devemos estar bem agasalhados. Mas vamos comentar novamente quando pegarmos uns -30... - Ah, quanto à adaptação do ouvido para o francês, já estamos até conseguindo conversar com o concierge... isso é uma vitória pra nós, pois ele fala muito enrolado....rsrsrs Comentário para quem está vindo: Estudar, estudar e estudar o francês! Quanto mais estudarem ai, menos sofrerão no inicio aqui. E mais rápido as coisas vão acontecer. Abraço!" Fran e André - 2007