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Saiba mais sobre o Feriado Nacional do Québec (São João Batista), celebrado em 24 de junho

Texto em português e francês


La Saint-Jean-Baptiste – História e atualidade


A origem da Festa Nacional do Québec remonta o tempo em que os povos celebravam o solstício de verão. Nesta festa pagã, acendia-se uma grande fogueira para simbolizar a luz momento em que acontecia seu apogeu.


Mais tarde na Europa e principalmente na França, a comemoração foi associada a João, o batista, que era o primo de Jesus. Então fez-se a ligação entre a luz e o santo João Batista que batizara o Cristo.


Como ela se tornou a festa nacional do Québec?


Era o ano de 1827 quando o jornalista Ludger Duvernay tornou-se editor e proprietário do jornal “La Minerve”. Foi quando este jornal se transforma em um importante veículo de comunicação do “Bas-Canada.” Sete anos depois, no mês de março, foi fundada a sociedade “Aide-toi, le ciel t’aidera” por Ludger Duvernay, George-Étienne Cartier e Louis-Victor Sicotte, cujo presidente será Duvernay.


A proposição é de unir seus sócios e discutir a política e a literatura. Em uma dessas discussões Duvernay desenvolve a ideia de reviver a celebração das festas de “Saint-Jean-Baptiste”, interrompida desde a “Conquête”, tudo isso com o objetivo de dotar os franco-canadenses de uma festa nacional anual.


Estamos em 24 de junho de 1839, Duvernay então organiza um banquete na casa do advogado John McDonnell, com o propósito de concretizar seu projeto discutindo o futuro do povo canadense e a forma de governar o país. Muitas pessoas participam desse jantar, como o prefeito de Montreal, Jacques Viger, Louis-Hippolyte Lafontaine, Thomas Brown, Édouard Rodier, George-Étienne Cartier e o Dr. Edmond O’Callaghan. Os brindes são destinados ao partido patriota, aos Estados Unidos, à Irlanda e às 24 “Résolutions”.


Tal banquete tem um estrondoso sucesso, portanto os jornais encorajam as pessoas a comemorar a “Saint-Jean-Baptiste” nas suas respectivas cidades, para que os franco-canadenses se unam em um mesmo sentimento nacional e em direção de uma reforma política. No ano seguinte a Festa se espalha! As celebrações acontecem em Debartzch (hoje Rougemont), Saint-Denis, Saint-Eustache, Terrebonne e Berthier e “la feuille d’érable” torna-se o símbolo do “Bas-Canada.”


Em 1836, moderados e radicais do partido patriota não falam mais a mesma língua, o que provoca a disseminação no coração do partido. Dois banquetes são organizados, um na residência de McDonnell que reúne os moderados, outro no “Hôtel Rasco”, para o grupo de Duvernay.


Em 1837 depois de receber as 10 resoluções de Russell, em resposta às 92 resoluções propostas, o partido patriota, em protesto, propõe o boicote dos produtos importados. Neste ambiente acontece a festa de “Saint-Jean-Baptiste” do ano, com os produtos locais ganhando território e com o partido patriota incentivando o povo a consumi-los.


Durante 5 anos, a “Rébellion des Patriotes” de 1837-1839, provocou a interrupção das festividades. O que faz os franco-canadenses se unirem para evitar o final da Festa. Assim nascem várias Sociedades “Saint-Jean-Baptiste” no território canadense.


Duvernay estava exilado desde 1837, mas em 1842 ele volta ao país. Ele ressuscita o “Minerva”, que estava proibido de circulação durante a repressão do exército em seguida das rebeliões. O jornal está, então, a serviço do partido de Louis-Hyppolyte Lafontaine, depois dos conservadores de George-Étienne Cartier.


« Rendre le Peuple meilleur » é o lema criado por Duvernay para engrandecer a festa dos franco-canadenses. Em junho de 43 a associação “Saint-Jean Baptiste é criada e convida publicamente a população para celebrar a festa nacional. Neste ano acontece o primeiro desfile na cidade de Montreal.


Em 1884, em ocasião do 50 aniversário de “Association Saint-Jean-Baptiste de Montréal as festividades duram 5 dias inteiros.


A tradicional festa fora inicialmente celebrada principalmente em Montreal e em Québec, mas não demora para ela se espalhar por toda a Província québécoise. Mas foi preciso esperar até 1925 para a Saint-Jean tornar-se oficial e declarada como feriado. Desde 26 os franco-canadenses têm a oportunidade de se reencontrar e testemunhar a sua vitalidade e riquezas culturais. No entanto, ainda nesse período, não se poderia dissociar a religião da Saint-Jean. Uma vez que o Québec era completamente religioso.


Em 1947 é então fundada a Federação das Sociedades Saint-Jean-Baptiste du Québec. Cujo primeiro objetivo é de agrupar sob uma mesma bandeira todas as Sociedades Saint-Jean-Baptiste e enfim trabalhar para a unificação de um pensamento nacional robusto e são.


É 21 de janeiro de 48 e a fleurdelisé torna-se a bandeira oficial do Québec, graças à uma longa campanha da Federação criada anos antes. Assim, a Saint-Jean-Baptiste é então celebrada sob a fleurdelisé, um poderoso símbolo do Québec.


A partir dos anos 60 as grandes fogueiras e os desfiles atraem multidões, mesmo além de Montreal e Québec. É a partir desta data que, com a Revolução Tranquila, o aspecto religioso da festa é interrompido e as festividades se tornam patrióticas. Os desfiles de 1968 e 1969 acontecem sob um clima de contestação e são atrapalhados por vários motins. No entanto as grandes fogueira continuam a animar as noites, o senso de partilha e de solidariedade estão presentes em todas as regiões, cuja a mais conhecida é organizada em Québec nas planícies de Abraham.


O movimento nacional dos québécois surge em 1972 (derivado da Fédération des Sociétés Saint-Jean-Baptiste). Com 15 afiliadas, os nomes também mudam para Sociétés nationales des Québécois.


Em 1975 Gilles Vignault traz à luz sua célebre canção “Gens du pays” e “Un peu plus haut”, canção de Jean-Pierre Ferland que é interpretada por Ginette Reno.


No final dos anos 70, a festa é puramente política e a independência nacional torna-se o seu ponto central. Então em 1977 o governo dirigido por René Lévesque proclama o dia 24 de junho como dia da Festa Nacional do Québec. Será a festa de todas as pessoas do Québec, e sua conotação será oficialmente laica.

Atualmente!


Depois do referendo de 1995, la Saint-Jean tomou um novo rumo. Diferentes comunidades culturais do Québec são convidadas para participar e para se reunir com a maioria de origem francesa, com o propósito de celebrar o Québec, onde todos têm uma oportunidade.


Festa de origem ancestral que se adaptou ao novo, às novas realidades do Québec atual.


 

La Saint- Jean-Baptiste – l’Histoire et l’Actualité


L’origine de la Fête nationale du Québec remonte au temps où les peuples célébraient le solstice d’été. Dans cette fête païenne on allumait un grand feu de joie pour symboliser la lumière dans ce moment-là à son apogée.


Plus tard en Europe et surtout en France, cette commémoration a été associée à Jean, le baptiste, celui le cousin de Jésus. De cette façon on faisait le lien entre la lumière et le saint Jean Baptiste qui avait baptisé le Christ.


Comment ça a été devenu la fête nationale du Québec ?


On était en 1827 quand le journaliste Ludger Duvernay est devenu éditeur et propriétaire du journal La Minerve à Augustin-Norbert Morin. Ce journal alors devient très important au Bas-Canada. Sept ans après cela au mois de mars, a été fondée la société « Aide-toi, le ciel t’aidera » par Ludger Duvernay, George-Étienne Cartier et Louis-Victor Sicotte, dont le président est Duvernay.


La proposition de cette société est celle de rassembler ses partenaires et discuter de la politique et de la littérature. Dans une de ces discussions Duvernay développe l’idée de faire revivre la célébration des fêtes de la Saint-Jean-Baptiste, interrompue depuis la Conquête ; avec le but de doter les canadiens-français d’une fête nationale annuelle.


C’est le 24 juin 1834 où Duvernay organise un banquet chez l’avocat John McDonnell, afin de concrétiser son projet en discutant de l’avenir du peuple canadien et de la façon de gouverner le pays. Plusieurs personnes y participent dont le maire de Montréal, Jacques Viger, Louis-Hippolyte Lafontaine, Thomas Brown, Édouard Rodier, George-Étienne Cartier et le Dr Edmund O’Callaghan. Les toasts sont portés au Parti patriote, aux États-Unis, à l’Irlande et aux Quatre-vingt-douze Résolutions.


Comme ce banquet a été vraiment un succès, les journaux encouragent les gens à fêter la « Saint-Jean-Baptiste » dans leur village au futur, pour que les Canadiens-français s’unissent dans un même sentiment national et vers une réforme politique. L’année suivante la Fête nationale se répand ! Les célébrations ont lieu à Debartzch (aujourd’hui Rougemont), Saint-Denis, Saint-Eustache, Terrebonne et Berthier et feuille d’érable devient le symbole du Bas-Canada.


En 1836, les modérés et radicaux du Parti patriote ne s’entendent plus, ce qui va donner lieu à la dissension au sein du parti. Donc 2 banquets sont organisés, l’un chez McDonnell, pour les modérés, l’autre à Hôtel Rasco pour le groupe de Duvernay.


En 1837 après recevoir les 10 résolutions de Russell, en réponse aux 92 résolutions proposées le Parti patriote propose de boycotter les produits importés, afin de protestation. Dans cette ambiance se déroule la Saint-Jean-Baptiste de cette année-là, les produits locaux y gagnent la lumière et les leaders du Parti patriote encouragent le peuple à cet usage.


Pendant 5 ans, la Rébellion des Patriotes de 1837-1839, a provoqué l’interruption des festivités. Donc les Canadiens-français vont s’unir pour éviter l’assimilation de l’interruption. Ainsi on accouche les multiples Sociétés Saint-Jean-Baptiste sur le territoire.


Duvernay était exilé depuis 1837, mais en 1842 il revient au pays. Il ressuscite la Minerve, qui était interdite de publication durant la répression de l’armée à la suite des Rébellions, le journal est au service du parti de Louis-Hippolyte Lafontaine, après des conservateurs de George-Étienne Cartier.


« Rendre le Peuple meilleur » c’est la devise créée par Duvernay pour enrichir la fête des Canadiens-français. En juin 1843 l’association Saint-Jean-Baptiste est fondée et invite publiquement la population à célébrer la fête nationale. Dans cette année a lieu le premier défilé à Montréal.


En 1884, à l’occasion du 50e anniversaire de l’Association Saint-Jean-Baptiste de Montréal les festivités ont eu lieu pendant 5 jours.


Tout d’abord, célébrée surtout à Montréal et à Québec, la fête nationale s'éparpille partout dans le Québec. Néanmoins il a fallu attendre jusqu’au 1925 pour que la Saint-Jean devienne officielle et déclarée comme un congé férié. Dès l’année 26 les canadiens-français ont l’occasion de se rassembler et de témoigner leurs vitalité et richesse culturelles. Dans cette période on ne pourrait pas dissocier la religion de la fête parlée. Une fois que le Québec était tout religieux.


En 1947 a été fondée la Fédération des Sociétés Saint-Jean-Baptiste du Québec. Dont le premier but est celui de grouper sous une même bannière toutes les sociétés Saint-Jean-Baptiste et enfin de travailler à l’unification d’une pensée nationale saine et robuste.


Le 21 janvier 48 le fleurdelisé est devenu le drapeau officiel du Québec, grâce à la participation d’une longue campagne de cette Fédération. Ainsi la Saint-Jean-Baptiste est célébrée partout avec le fleurdelisé, alors un puissant symbole du Québec.


À partir des années 60 les feux de joie et les défilés attirent les foules, quand même au-délà de Montréal et Québec. Ce sont dans ces années avec la révolution tranquille que l’aspect religieux de la fête s’estompe et les festivités deviennent patriotique.Les défilés de 1968 et 1969 arrivent dans un climat de contestation et ont été bouleversés pas des émeutes. Toutefois les feux de joie ont continué à animer la nuit, leurs significations de partage et de solidarité sont présentes dans toutes les régions, dont le plus connu est celui qui est organisé à Québec sur les plaines d’Abraham.


Le mouvement national des Québécois prend place en 1972 (dérivé de la Fédération des Sociétés Saint-Jean-Baptiste). Avec 15 Sociétés affiliées dont les noms changent aussi pour Sociétés nationales des Québécois. En 1975 Gilles Vignault met à lumière la célèbre chanson « Gens du pays » et « Un peu plus haut », chanson de Jean-Pierre Ferland interprétée par Ginette Reno.


À la fin des années 70, la fête est devenue nettement politique, l’indépendance nationale devient le centre de celle-là.


C’est alors en 1977 que le gouvernement dirigé par René Lévesque proclame le 24 juin la Fête nationale du Québec. La fête sera la fête de toutes les personnes du Québec, donc elle ne sera plus associée uniquement aux pratiquants de la religion catholique, mais aura un aspect ouvert, laïque.

Ensuite la population est invitée à soumettre des projets pour fêter son appartenance à la nation et développer sa fierté nationale.


Le Mouvement national des Québécois et Québécoises obtient le mandat de coordination de la Fête nationale et le programme d’assistance financière en 1984 ce qui rejoint la population de toutes les régions du Québec.


De nos jours !

Après le référendum de 1995, la fête a pris un nouveau chemin. Les différentes communautés culturelles du Québec y sont invitées à se joindre à la majorité d’origine française pour célébrer le Québec, lieu où chacun a sa place.


Il y a la parade, là où on se marche aux sons de la musique antillaise, des mélodies traditionnelles québécoises, des cornemuses écossaises.


Cette fête dont les origines sont ancestrales, s’adapte au nouveau, aux nouvelles réalités du Québec d’aujourd’hui.




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